quarta-feira, 31 de março de 2010

SOU MADRASTA

Não é fácil ser madrasta. E digo isso mais por mim do que propriamente pelas minhas enteadas. Sim, tenho duas enteadas, e há 10 anos estou com o pai delas. Hoje, elas têm 15 e 18 anos e, sendo bem sincera, elas nunca me deram o menor trabalho. Acho que se fosse eu como enteada (mesmo depois de adulta) daria muito trabalho para a minha madrasta, tamanho o amor e o ciúme que sempre tive do meu pai. Costumo brincar dizendo que elas são ‘insuportavelmente boazinhas’, porque não posso nem brigar com elas ou fazer um drama pro pai delas dizendo que elas estão me incomodando ou algo do tipo. Mas, no meu caso, ser madrasta não é fácil pelas minhas próprias reações e pela maneira como o pai delas sempre lidou com essa relação eu – ele – elas. Não moramos na mesma cidade há cerca de 5 anos, e elas sempre vão 2 vezes por ano ficar uns dias com o pai. Sempre tive muito ciúme e me senti preterida. Não sei explicar bem. Eu sei que são relações diferentes (pai e filhas – homem e mulher), mas eu nunca me senti prioridade na vida dele. Sentia que o amor que ele tem por elas ele nunca teria por mim e que, talvez, um dia se elas soubessem o poder que têm sobre ele eu estaria perdida. Na verdade, ele já havia terminado comigo duas vezes quando namorávamos e tudo por causa delas, de não saber lidar com a situação de estar com outra pessoa que não a mãe delas, pelo medo de perder o amor delas, essas coisas que só quem tem filho pode entender. Eu acho que alguma coisa na minha relação com elas quebrou, acho que o tempo que tínhamos para termos nos apegado passou. Eu gosto delas, mas não sinto que fazem parte da minha família. Temos uma relação distante. Talvez isso melhore com o tempo, ou talvez seja melhor assim...

3 comentários:

  1. Sugestão: FAÇA UM ESFORÇO ... e começe um relacionamento com elas.... se elas são filhas do seu marido... ELAS SÃO SUA FAMÍLIA.

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  2. ALGUÉM PASSOU DA HORA DE CRESCER..... E NÃO SÃO AS FILHAS!!!!!!!!!!!!

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  3. Talvez somente quem já foi madrasta e se viu nessa situação possa entender esse sentimento de não se sentir prioridade, de sentir rejeitada ou excluida. Nesse caso é o pai ou a mãe que deve saber conduzir para que nenhuma das partes se sinta assim. Por esse motivo, não se deve julgar.

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