segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"O PAU"

Desde que descobri que a Fernanda Young era uma das autoras da série “Os Normais”, que eu adoooooro, passei a admirar seu trabalho e querer saber mais sobre ela. Na verdade, só vim a ‘conhecê-la’ melhor quando virou apresentadora de um programa de entrevistas do GNT. Acho ela uma louca, mas genial. Irreverente, cheia de tatuagens, cheia de questionamentos, e alguém que não está nem aí pra opinião dos outros, já que ela é totalmente fora dos padrões. Recentemente, ela lançou mais um livro (pretendo comprar todos, me parece que ela já escreveu uns 6), chamado “O Pau”. É sobre o pau mesmo, aquele órgão sexual masculino, que alguns homens acham que foi feito pra meter em qualquer buraco, em nome do qual eles nos traem, nos magoam, e parece que alguns homens o utilizam para pensar (instinto), ao invés do cérebro, que foi feito pra isso. Claro que nós, mulheres com mais de 30, também sabemos das ‘delícias’ que um pau é capaz de proporcionar. Enfim, o livro é um romance, que conta a história de uma mulher que, traída, pensa em se vingar do namorado, deixando-o ‘brocha’ (maior terror masculino) para sempre. Eu adorei e recomendo. E deixo aqui um trechinho para vocês:

 (Isto é um pescoço, viu??? Não maliciem...)
“Endurecer ou não endurecer, eis a questão, falando mais francamente do que Shakespeare. Que, aliás, chamava seu pau de “flecha do amor”... olha que cafonice. O maior gênio da humanidade em todos os tempos chamava o pau de “flecha do amor”. Amor não tem nada a ver com pau, nem pau tem nada a ver com amor. Dificilmente, só mesmo por coincidência, acontece de pau e amor concordarem sob algum aspecto. Então, tiremos o amor da questão. Estamos falando do pau, sozinho. O pau no centro de tudo. O pau como fator determinante de todas as suas ações. Será que isso tem algum sentido? Será que não é hora de o homem começar a ver seu pau do tamanho que ele é? Ainda mais sendo ele, mesmo naquela sua insignificância, o grande responsável por todas as merdas que vocês fazem na vida? Abaixo essa ditadura. Paus sempre me lembraram o Hitler... agora entendo a profundidade desse lapso. Aqueles alemães todos, enormes, louros, fortes, desfilando em homenagem àquele nanico, de topete e bigodinho. Todo nervosinho. É exatamente igual. Exatamente igual ao que vocês, homens, fazem com seus paus. Vocês obedecem a eles como cachorrinhos amedrontados. Por que esse temor todo? Vocês têm medo que o pau fique puto e vá embora? Esposas ficam putas e vão embora, e vocês nem ligam. Vocês até preferem. Mas paus, “pelo amor de Deus, fiquem”. “Sem vocês nós não somos nada nem ninguém”. “Sem vocês ficando duros, ficamos sem saber para onde ir”. Os homens precisam buscar outros instintos para seguir, outros reflexos”...

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