terça-feira, 15 de setembro de 2009

AS CINCO LINGUAGENS DO AMOR


Bom, não faço muito o estilo de livro de auto-ajuda, mas uma amiga me disse deveria ler este livro e não me arrependeria. Apesar da breguice da capa (uma xícara de chá e uma rosa!!!???), ela estava certa. Foi, com certeza um bom investimento em mim e no meu relacionamento. O princípio é muito básico (aí é que mora o perigo, no básico, naquilo que julgamos óbvio demais para reparar): cada pessoa tem a sua linguagem do amor, uma maneira de se sentir amada e é preciso reconhecer estas linguagens para que possamos fazer a pessoa se sentir amada. A armadilha é que geralmente achamos que o outro se sente amado da nossa maneira, então usamos a nossa linguagem, não a daquele que amamos.
O autor fala de cinco linguagens básicas: PALAVRAS DE AFIRMAÇÃO, ATOS DE SERVIÇO, PRESENTES, TEMPO DE QUALIDADE e TOQUE FÍSICO. Resumindo (com certeza é melhor ler o livro do que contar apenas com o que vou escrever agora), as pessoas que se sentem amadas por palavras de afirmação, precisam ser elogiadas, precisam que seus maridos/ namorados expressem a admiração que sentem por esta pessoa a partir da expressão verbal. As pessoas que se sentem amadas através dos atos de serviço, são as pessoas que gostam que coisas sejam feitas para eles. Quem tem a linguagem presentes, tá na cara, gosta de ser presenteado. Tempo de qualidade é a linguagem daqueles que requerem um tempo de atenção só pra eles, sem interrupções. Quem se sente amado pelo toque físico precisa de um conjuge que preste atenção a isto, precisa ser tocado pra se sentir amado e o ato sexual tem uma importância diferente para estas pessoas.
Bom, no meu caso foi muito esclarecedor... meu marido se sente amado através de atos de serviço. Antes de ler este livro eu vivia dizendo a ele que ele não precisava de um mulher, mas sim de uma governanta full time daquela de filmes ingleses. Não entendia sua ira quando não achava o controle remoto da televisão ou quando os 'quinhentos' travesseiros que ele usava não estavam todos com as fronhas combinando e impecavelmente passados. Quando mudamos de cidade, ele pedia pra eu ir a uma loja providenciar cortinas para o quarto... fiquei enrolando 4 meses ... no fundo, eu sabia que todos os dias que ele chegava em casa e olhava pra janela do quarto, sem cortinas, ele me amava menos. Mas eu também não me sentia amada. Minha linguagem é toque físico e a falta de toque naquele casamento estava literalmente nos levando ao fundo do poço. Confiram alguns trechos do livro:
O toque físico é também um poderoso veículo de co­municação para transmitir o amor conjugai. Andar de mãos dadas, beijar, abraçar e manter relações sexuais são formas de se comunicar o amor emocional para o cônjuge... No casamento, o toque de amor existe em várias for­mas. Levando-se em conta que os receptores ao toque locali­zam-se por todo o corpo, um afago amoroso em qualquer parte pode comunicar amor a seu cônjuge. Isso não significa que todos os toques sejam iguais. Seu cônjuge apreciará a alguns mais do que a outros. Seu melhor professor, sem dú­vida alguma, será seu (sua) próprio (a) esposo (a). Afinal de contas, ele (ela) é a quem você demonstrará amor. Ele (ela) sabe exatamente o tipo de toque que mais lhe agrada. Não insista em tocá-la (o) de seu jeito e em seu tempo. Aprenda a falar o dialeto dele (dela), pois alguns toques podem ser con­siderados desconfortáveis ou irritantes. A insistência em pra­ticar tais atos pode comunicar o oposto ao amor. Talvez afir­me que você não é sensível às necessidades dele (dela) e não se importa com a sua percepção de prazer. Não caia no erro de achar que o que lhe traz prazer também trará a seu cônju­ge.
Devido ao fato do homem possuir impulsos físicos a serem liberados em bases regulares, ele automaticamente assume que essa é sua primeira linguagem é atos de serviço. Mas, se ele não aprecia toques físicos em outros momentos que não no interlúdio sexual, essa é uma grande indicação de que o toque físico não seja sua primeira linguagem do amor. O desejo sexual é muito diferente de suas necessidades emocio­nais de ser amado. Isso não significa que a relação sexual não seja importante para ele — é extremamente necessária — mas, apenas o relacionamento sexual não suprirá sua ne­cessidade de ser amado. Sua esposa, da mesma forma, deve­rá aprender a falar sua primeira linguagem do amor.

Bom, eu acredito que não dá pra mudar um casamento sozinha, mas alguém tem que dar o primeiro passo, por mais tolo que seja. Finalmente comprei as cortinas e fiz meu marido ler o livro também, ficava do lado dele a noite vendo se ele estava lendo. Ele ficava resmungando, tirando sarro... mas leu e eu sei que houve uma mudança.
Não foi só o livro que ajudou a retomarmos nosso casamento. Depois do livro, ainda veio o pedido de separação seguido da conversa que na qual decidimos 'tentar' mais uma vez. Acho que o que foi mesmo definitivo foi o 'perdão' ... perdão pelos abraços não dados, pelas cortinas não compradas, pela falta de zelo, pelos beijos não trocados, pela falta de paixão, pela temporária falta de amor.
No link abaixo, podemos fazer o download do livro:


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