terça-feira, 11 de maio de 2010

CAINDO NA ARMADILHA

Sempre fui muito desconfiada em relação a mulheres que se dizem enganadas pelos homens que amam. Sempre tive a impressão de que, no fundo, nós sabemos onde estamos nos metendo, nós de fato sabemos o que nos espera. Ao relatar a situação de uma amiga a um conhecido, este comentou: É engraçado como as mulheres ainda caem nestas armadilhas.

E é exatamente esta a imagem que ficou pra mim das muitas situações que venho presenciando entre homens e mulheres. Ao contrário dos homens, nós, mulheres, sabemos que é uma armadilha, sabemos reconhecer os indícios, sabemos ‘ler’ as evidências, mas, mesmo assim, optamos por continuar naquela direção com a atitude romântica de que nada de mal pode nos acontecer. Só que na realidade, o que era pra acontecer, acontece: nós caímos nas armadilhas mais rudimentares e mais óbvias que o destino pode nos preparar e depois ainda temos que nos levantar sozinhas, cuidando do que sobrou de nossa auto-estima enquanto limpamos nossos ferimentos.

Homens que não estão maduros pra um relacionamento (conversa fiada!!!), homens que ainda moram com a mãe, homens casados que afirmam não poder se separar das esposas, homens casados que dizem que vão se separar das esposas em breve, homens sem emprego fixo, homens que foram gays (existe isto?), homens que não podem ter um compromisso com você porque querem ser monges budistas, homens que acabaram de se divorciar, homens na crise dos 40, homens mulherengos que se dizem redimidos de seus pecados.... Esta é a lista das armadilhas mais óbvias.

De fato, várias questões ficam no ar: Por que continuamos apesar dos indícios? Por que acreditamos mesmo após as evidências? Será que nós mesmas buscamos a dor que sentimos? Será que pra algumas mulheres a dor faz parte do amor? Será que buscamos esta dor? Será que sem a dor não reconhecemos o amor, ou não o valorizamos? Por que infligimos estas situações a nós mesmas? O que ganhamos com isto?

Peço desculpa àquelas que se sentem enganadas, traídas, mas eu creio que todas nós sabíamos o que nos esperava, eu creio que nos metemos onde nos metemos simplesmente porque aceitamos que a dor e o amor são separados por uma linha muito ténue.

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