quarta-feira, 18 de novembro de 2009

AMOR E ORGASMO

Lá estava eu na casa da vizinha quando vi este livro sobre a mesa. Perguntei: " E daí, é legal este livro?" Ela respondeu que ainda não tinha começado a ler que se eu tivesse interesse poderia ler primeiro. Não tive dúvidas, levei pra casa pensando: "Quem sabe ainda tem coisas que eu possa aprender sobre isto?"

Bom, sempre há coisas a aprender nesta vida!!!!! O livro AMOR E ORGASMO começa sendo muito chato .... nos primeiros capítulos quase desistir de ler... o livro apresenta relatos de pacientes do psiquiatra que é o autor do livro e eu ficava pensando: "Meu Jesus! Quanta gente problemática e mal resolvida"

Mas não é bem assim. Dizem que de médico e louco todo mundo tem um pouco, eu acrescentaria uma pitada de neurose e problemas sexuais neste ditado.
O autor 'detona' com o orgasmo clitoriano rebaixando-o a uma prática de mulheres que estão mal resolvidas sexualmente. Bom, o autor é homem, mas diz que tal afirmação vem de conclusões advindas dos relatos de suas pacientes. De qualquer forma, quase no final do livro, há dois capítulos que, para mim, foram surpreendentes.

O primeiro deles falava sobre Os papéis sexuais da mulher. O autor aponta que há 4 papéis desempenhados instintivamente pelas mulheres em relação ao sexo masculino: 1)objeto sexual, 2) irmã, 3) ideal romântico e 4) mãe. Vou fazer um breve relato de cada um, mas vale a pena conferir integralmente em http://books.google.com.br/books?id=Sgzknr3zzGQC&printsec=frontcover&dq=amor+e++orgasmo#v=onepage&q=&f=false.

A mulher que detém seu desenvolvimento ao nível da filha, em razão de uma incapacidade de resolver a situação edipiana, fixa a personalidade no papel de objeto sexual se tornando uma prostituta psicológica. Neste caso, a reação neurótica à necessidade de calor humano é a rejeição de todos os relacionamentos sociais normais. Esta falta de amor pode ser resultado da falta de compreensão manifestada pelo pai e de uma dependência exagerada em relação ao sexo masculino. A mulher neste papel não consegue atingir orgasmos vaginais ou clitorianos.
Por sua vez, a relação de 'irmã' com os homens baseia-se em interesses comuns e numa sensação de igualdade, implicando na aceitação dos direitos do outro como pessoa e no respeito às diferenças sexuais. Até aí, beleza, mas acontece que o autor afirma que este relacionamento é essencialmente assexuado. Este papel é resultado de uma resolução parcial do conflito edipiano e geralmente limita a mulher ao orgasmo clitoriano.
No papel de ideal romântico, a personalidade é determinada pela incapacidade de lidar com o amor em sua manifestação física, o ato sexual. O ideal romântico não pode ser mantido diante da intimidade física que a situação conjugal exige. O marido é igualado ao pai por quem as sensações sexuais devem ser reprimidas .... Meu Deus ... que loucura Freudiana!!!!
O papel de mãe em relação ao homem vem, como não podia deixar de ser, de uma situação edipiana mal resolvida. A mulher se sente madura em relação a imaturidade do homem e atribui a si mesma a incumbência de ajudá-lo e apoiá-lo mesmo quando ele a trai.

Bom, as más notícias são: pais e mãe ... Atenção!!!!! Vcs têm um papel crucial no desenvolvimento sexual de seus filhos. Mas há também boas notícias e são as seguintes: num casamento saudável, o marido não considera estes papéis, ele apenas responde biologicamente a sua mulher e pensa a seu respeito como uma pessoa singular e integrada. Entretanto, se o padrão de comportamento da mulher for limitado a um papel específico e for a ele estruturalmente correspondente, o homem a perceberá conscientemente segundo este papel.
O livro fala também dos papéis sexuais atribuídos aos homens... também foram relatos reveladores para mim.... mas esta fica pra uma próxima postagem....
Falando em orgasmo... Vcs tem que assistir ao vídeo do Programa Altas Horas no qual Xuxa e Ivete falam sobre orgasmo.... Muito legal:


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

PROVA DE FOGO

Numa saída às compras, minha mãe me encorajou a comprar um filme daqueles denominados gospel. Meu gosto é mais para super produção de Hollywood, com Brad Pit, Antonio Bandeiras entre outros gostosões, mas não quis contrariá-la, comprei o filme.

Valeu a pena, PROVA DE FOGO é uma produção cinematográfica com princípios excepcionalmente cristãos que tem dado o que falar. Inusitado ou não, é o que tem acontecido ultimamente, filmes como Lutero, Desafiando Gigantes e A Virada que tem sido exemplos de sucesso.

O livro O Desafio de Amar faz parte da trama da história do filme e é usado por um dos personagens na tentativa de lutar contra as adversidades relacionais no matrimônio. Foi realmente emocionante ver que ao invés de desistir de seu casamento, vale a pena juntar todas as forças e tentar vencer as crises e, obviamente, se entregar a Deus e pedir que Ele nos guie nestes momentos.

Ao assistir o filme, me lembrei do dia que decidi pedir a separação. Cai de joelhos do lado da cama aos prantos e pedi a Deus que não me deixasse fazer algo que pudesse me arrepender depois. Eu estava disposta a sumir e deixar tudo pra trás. Eu estava muito decidida mesmo sabendo da tristeza que ainda teria que enfrentar. Eu pedia a ajuda de Deus, mas ao mesmo tempo tampava os ouvidos. Pedi a separação, mas algo aconteceu .... ele pediu perdão. Não há momento mais poderoso do que quando uma pessoa perde um perdão sincero pelas pequenas coisas que durante anos foram endurecendo seu coração e a você se rende a este sentimento e perdoa. Foi assim que a separação foi evitada, através do perdão, assim como ocorre no filme.




By Lya Luft

Mês passado participei de um evento sobre o Dia da Mulher com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. Lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi. Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito.
Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?'Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo.Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas. Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada.
A fonte da juventude chama-se "mudança". De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora. A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas. Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos. Mudança, o que vem a ser tal coisa?
Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho. Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.
Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. Rejuvenesceu.
Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu.
Toda mudança cobra um alto preço emocional. Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face. Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.
Olhe-se no espelho...
Lya Luft